O rei Filipe II de Espanha e rei de Portugal, como D. Filipe I, a partir de 1580, tinha uma certa obsessão pelo secretismo, de tal forma, que procurava a todo o custo ocultar as suas mensagens mais importantes com uma tinta oculta.
Usava para o efeito uma técnica que misturava sulfato, conhecido na época como Vitríolo Romano, misturado com água. Com o liquido obtido escrevia a mensagem secreta. Depois, escrevia por cima o texto que ficaria visível utilizando uma solução de carvão de salgueiro com água. O resultado era um documento com duas mensagens, uma secreta em segundo plano e uma visível que servia de disfarce.
O recetor da mensagem teria então de esfregar no documento uma substância chamada galha de Ístria e o texto oculto surgia.
No final do século 16, o império espanhol dominava grande parte do mundo, e por isso, os agentes secretos espanhóis comunicavam utilizando um código composto por mais de 500 caracteres!
O rei Filipe II de Espanha durante guerra contra a França utilizou este código com toda a segurança. Mas, algumas mensagens foram interceptadas pelos franceses e acabaram nas mãos do rei Henrique IV da França. O rei entregou estas mensagens espanholas ao matemático Francois Viète, na esperança de que ele as decifrasse.
E não é que o matemático as decifrou mesmo! O matemático teve sucesso e guardou todo o segredo até os espanhóis descobrirem que tinham sido descobertos!
O rei espanhol, acreditando que um código tão complexo nunca poderia ser descoberto, foi fazer queixinhas ao Papa alegando que o francês estava usando magia negra contra a Espanha.
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